quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FLP 2013 - Graciliano Ramos


A Flip 2013 já tem data e autor homenageado. Novamente com curadoria do jornalista Miguel Conde, a 11ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty será realizada entre os dias 3 e 7 de julho de 2013 e celebrará a obra de Graciliano Ramos.

No dia 27 de outubro  completou 120 anos do nascimento do autor, natural de Quebrangulo, Alagoas. Escritor, jornalista e político, Graciliano Ramos teve uma vida em que a literatura e a política se entrelaçaram e, não raro, as convicções e atividades políticas inspiraram suas obras de forte conteúdo social.

Memórias do Cárcere revela sua amarga experiência no período em que esteve preso durante a ditadura de Getúlio Vargas, em 1935, acusado de subversão. Vidas Secas, um de seus mais celebrados trabalhos, retrata, por meio de um relato indignado, as agruras dos retirantes nordestinos castigados e humilhados pela seca.

Os escritores homenageados nas edições anteriores da Flip foram Vinicius de Moraes (2003), Guimarães Rosa (2004), Clarice Lispector (2005), Jorge Amado (2006), Nelson Rodrigues (2007), Machado de Assis (2008), Manuel Bandeira (2009), Gilberto Freyre (2010), Oswald de Andrade (2011) e Carlos Drummond de Andrade (2012).

 BIOGRAFIA
27-10-1892, Quebrangulo (AL)
20-3-1953, Rio de Janeiro (RJ)

Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo (AL), em 1892. Um dos 15 filhos de uma família de classe média do sertão nordestino, passou parte da infância em Buíque (PE) e outra em Viçosa (AL). Fez estudos secundários em Maceió, mas não cursou faculdade. Em 1910, sua família se estabelece em Palmeira dos Índios (AL).

Em 1914, após breve estada no Rio de Janeiro, trabalhando como revisor, retorna à cidade natal, depois da morte de três irmãos, vitimados pela peste bubônica. Passa a fazer jornalismo e política em Palmeira dos Índios, chegando a ser prefeito da cidade (1928-30).

Em 1925, começa a escrever seu primeiro romance, Caetés - que viria a ser publicado em 1933. Muda-se para Maceió em 1930, e dirige a Imprensa e Instrução do Estado. Logo viriam "São Bernardo" (1934) e "Angústia" (1936, ano em que foi preso pelo regime Vargas, sob a acusação de subversão).

Memórias do Cárcere (1953) é um contundente relato da experiência na prisão. Após ser solto, em 1937, Graciliano transfere-se para o Rio de Janeiro, onde continua a publicar não só romances, mas contos e livros infantis. Vidas Secas é de 1938.
(fonte:net)

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