sexta-feira, 1 de abril de 2011

A PresidentA foi estudantA ?!?

"Aliás, dia desses, o Senador poeta/escritor José Sarney -- Presidente do Senado -- foi interrompido e "corrigido" em sua fala pela Senadora Marta Suplicy porque ele chamara a Dilma Rousseff de "PresidentE" Dilma... O Senador pode ser tudo o que nós sabemos (e até o que não sabemos...), mas é culto e educado e, assim, retomou a sua fala, repetindo em alto e bom som "...como eu dizia, antes de ser interrompido, a "PresidentE" Dilma..."
MAS, favor atentar para o seguinte: No Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, publicado pela Editora Civilização Brasileira S.A., para a Companhia Editora Nacional (São Paulo/SP, 1969), sob a supervisão de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira e assistência de José Baptista da Luz, na página 978, temos: "Presidenta, s.f. (neologismo) Mulher que preside; mulher de um presidente."
Diante do exposto, eu utilizarei a palavra PRESIDENTE que, no Dicionário acima, ensina: "Presidente, adjetivo, 2 gêneros. Que preside. Substantivo, 2 gêneros: pessoa que preside; pessoa que dirige os trabalhos de uma assembleia ou corporação deliberativa. Substantivo masculino: título moderno do Chefe de Estado republicano."
No português, existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é ATACANTE, de pedir é PEDINTE, o de cantar é CANTANTE, o de existir é EXISTENTE, o de mendicar é MENDICANTE... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é "ENTE". Aquele que é: o ENTE. Aquele que tem ENTIDADE, IDENTIDADE..

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ANTE, ENTE ou INTE.

Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidentA", independentemente do sexo que tenha (sem entrar na discussão de vários outros "sexos", hoje em voga). Dizemos "capela ARDENTE", e não capela "ardentA"; se diz ESTUDANTE, e não "estudantA"; se diz ADOLESCENTE, e não "adolescentA"; se diz PACIENTE, e não "pacientA".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidentA se comporta como uma adolescentA pouco pacientA que imagina ter virado elegantA para tentar ser nomeada representantA. Esperamos vê-la algum dia sorridentA numa capela ardentA, pois esta dirigentA política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentAs, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contentA!"

( recebi por e-mail e repasso pra vocês)

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