segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Morre "Maria de Lourdes Pires Ribeiro"


Academia Fidelense de Letras está em luto, pois perde mais um membro, a confrade Maria de Lourdes Pires Ribeiro, a qual era muito querida por todos. Através desta postagem deixo meus sinceros sentimentos a família que perde um exemplo de mãe, mulher, e guerreira. Bem como solidarizar com os confrades e confreiras da AFL toda admiração depositada na nossa já saudosa poetisa Dona Maria. Saudades.

Nossa Estação de Trem

Num misto de carinho e de saudade
Por longas horas fico a viajar
No tempo em que vi muitos romances
Na estação de trem novos rumos tomar.

Recordo o movimento intenso da Estação
Conversas, cafezinhos, compras de passagens
Dos que chegaram e saiam de São Fidélis
Numa rotineira sequência de viagens.

Hoje quando vejo a Velha Estação
E ouço ao longe o apito do trem
Este meio de transporte tão poético
Que muitos não entendem o valor que tem.

Correr sobre trilhos, altos e baixos
Enfrentar curvas, retas, céu limpo, temporal
Cada parada parece um instrumento
Pelos gritos da garganta de metal.

Sinto que poucos admiram tal beleza
Viajando em diferentes emoções
Escrevendo, cantando e observando
O mundo simples de belas recordações.

Cidade Poema traduz com dignidade
As raras belezas que o município tem
Nas paisagens que passam ligeiras
A cada viagem, pelas janelas do trem.

Nosso progresso, nossa história, nossa gente
Nosso lamento, nossa saudade, nossa emoção
Estão nos bancos, nas paredes, na bilheteria
Nos trilhos e nas lembranças da Velha Estação.

Maria de Lourdes Pires Ribeiro
***
Banhando em águas as louças do café da manhã, ouço um anúncio de falecimento na cidadezinha. É domingo, um dia bem diferente de outro qualquer, pois também é dia de "eleição". Com o silencio pairando no ar, tudo quieto, presto atenção na voz sonora que vem espalhada pelo ar, e percebo que o nome é bem conhecido Maria de Lourdes Pires Ribeiro, é a nossa confrade da AFL. Como inspiração não tem hora nem momento, nem aparece porque quer aparecer e sim porque precisa desabrochar, escrevi estes simples versos, assim como a vida é simples e a morte simples também, em homenagem a nossa querida Dona Maria.

Vou em Paz

Vou em paz, que a paz me leve
Deste mundo de agora
Já cumpri a minha sina
Dou adeus chegou a hora

A vocês que aqui ficaram
Deixo o meu sorriso de outrora
Meu amor e os meus versos
Vou pra onde o meu Deus mora.

(Berenice Seixas)

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