domingo, 25 de abril de 2010

Poemas da "Cidade Poema"

CIDADE POEMA
(Simone Alves Vieira Barroco)

Como ouso eu cantar
em prosa e verso
a minha cidade
que tu nunca ouviste falar.

Fecha os olhos e imagina
deixa a poesia penetrar
entre em meu mundo e veja
como é belo o seu luar.

A margem do rio
o Paraíba a cantar
meus sonhos são levados
para qualquer lugar.

A ponte de ferro
que nos faz fortificar
deixa no coração
a lembrança de amar.

Amar é assim
ferro e vontade de lutar
ferro que vem das raízes
e emoção que nos faz levitar.

A igreja em forma de cruz
do pecado vem nos libertar
a praça em forma de cálice
cálice e hóstia que estão no altar.

São Fidélis, Cidade Poema
poema que nos faz exaltar
São Fidélis, cidade pequena
quantas saudades eu tenho de lá!




CIDADE - SAUDADE
( BereniceSeixas )

Minha cidade é bem simples
Com ruas muito bem traçadas
De praças com jardins floridos
Feliz criança brinco com a garotada.

Povo amigo , hospitaleiro
Serras, calor, cachoeiras
Festas, conversas, bons amigos
Sou jovem com ilusões brejeiras.

Rio turvo, ponte estreita,
Banda de música, rua do café
Pé de tamarindo, muralha, biblioteca
Fiquei velha vejo tudo de ré.

São Fidélis,"Cidade Poema"
Quantas saudades me traz!
Meu amor por ti vale a pena
És meu berço meu lugar de paz.




São Fidélis
Cantiga Para Três Tempos
(Pedro Emílio)

Chuva amarela na Gamboa
- OITIS -
Na avenida, chuva doce:
- SAPOTIS -
Tapetes coloridos nas manhãs
Sob os pés de flamboiãs.
LUCAS e CAMBIASCA
- Freis pioneiros -
no silêncio do bronze
FIDÉLIS

- Santo Padroeiro -
na inércia da massa unicolor.
1840 .....1870 .......1970 ........
Vila ..... Cidade ... Saudade...
Maria
Cheia de graça
que passa.
na praça:
- cadência de passos
no espaço.
Dilma
..... Dilce...... Dilza.....
Diva....... Dolores ...... dores:
Verso pobre,
canto roucos.
Tudo é nada,
muito é pouco.
O que eu digo,
o que eu sinto
no canto pobre
no verso rouco
para dizer donde vens
para dizer o que tens,
é muito pouco,
é muito pouco.
Cajá
, café, caju,
Casa, cachaça, .....Cacilda.
No leito,
o rio,
o estio,
dorme
ouvindo cantigas
de lendas antigas.
Lampião sem gás,
coreto sem "Jazz",
porto
morto.
Hinos, sinos, Banda.
Bogos
, jogos, fogos.
A araponga gonga,
Fere fogo na forja
e aguça o agudo gume
perfuro - cortante,
do comerciante
especialista
- e até tratadista
em robalo.
Cores, flores,
gente, cachorro quente.
Vila!
Cidade!
Saudade.


GAMBOA DE OUTRORA
( Pedro Emílio)

Gamboa é a rua triste da cidade
Triste na expressão das árvores
Triste na expressão dos pássaros!

Gamboa rua da chegada,
Gamboa rua da partida ...

Quando chego é rua do abraço
Que me estende o peito úmido de saudade,
Quando parto é rua do adeus
Que me acena na primeira curva do caminho

Gamboa é a rua das lágrimas amarelas dos oitis
Choradas das calçadas ...
Rua das casas antigas debruçadas no tempo ...
Lamento das rezas dos pardais em tardes de cinzas,
Sombras das casas antigas debruçadas no tempo ...

Gamboa é a rua triste de minha cidade,
Triste só para mim, quem sabe ?

Lá, a gente chega na partida ...
Lá, a gente parte na chegada ...

Cidadezinha
( Berenice Seixas)

Se você foi bem acolhida
Nesta simples cidadezinha
Se gostou e amigos fez
Volte aqui outra vez.


LUAR
(Cláudia Calomeni)
A lua imensa,
A igreja!
A ponte sobre o rio onde
deságuam minhas ilusões.
A estação das minha idas
e vindas,
sem saber ao certo
onde chegar,
buscando sempre o rumo da vida.
A praça onde passeiam
meus sonhos de criança
e meus anseios de mulher.
meus versos, meus projetos,
minha vida
na São Fidélis querida.

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