terça-feira, 22 de março de 2022
Canto da seriema!
segunda-feira, 21 de março de 2022
Outonizando
segunda-feira, 14 de março de 2022
quinta-feira, 10 de março de 2022
Pela estrada afora!
No final de semana, à tardinha, era dia de pegar a estrada de terra batida e enfrentar uma longa caminhada a pé, com destino a serra do Palmital, isso década de setenta. A estrada causava encantamento na menina, que percorria o caminho admirada com a natureza e com tudo aquilo que sobressaltava diante dos seus olhos, até chegar ao seu destino. Sua conexão emocional com o lugar é sublime.
Primeiro, uma singela igrejinha, um pouco abandonada no alto do morro, com um lindo coreto ao lado, fascinava sua imaginação, pois por vezes via-se uma velha beata solitária com o terço na mão, adentrando aquele templo. Mal sabia a menina que, muitos anos depois, o seu amor seria sacramentado no altar daquele lugar. Por uma rua de poucas casas, passava a menina, mas havia uma casa, a última da rua, do lado direito, que chamava muito sua atenção: era toda feita de madeira, com uma linda cerca de galhos de árvore trançados. Assim, ela seguia por uma Vargem Grande cheia de eucaliptos, e bem à frente, aparecia o valão de nome Catarina, com seu pontilhão de madeira, local de parada dos cavalos beber água limpa e fresca. Mais à frente, lindas palmeiras eram vistas de longe, nas terras de um padrinho fazendeiro. Ela caminhava feliz, levantando com os pés a areia que encontrava pelo caminho; não sabia a menina que, lá na frente, aquela areia fina viraria pó de ouro da sua morada no campo. Bem próximo, do lado direito, um velho casarão com portas abertas para estrada dava lugar a uma venda, era parada dos senhores para uma boa prosa. Um atalho à direita entrava para um lugar chamado Ninho dos Anjos - lindo nome! Que anjos moram ali? Logo em seguida, um pontilhão de madeira corta um valão de águas cristalinas, transparecendo saudáveis peixinhos. Seguindo a estrada, logo se avistava de longe um grande campo de futebol, na propriedade do Sr. Dega, hoje com anos - que bênção As partidas de futebol era alegria dos rapazes e moças do lugarejo numa tarde de domingo, como contava a irmã mais velha. Em seguida, uma pequena pausa para descanso numa pequena pedra, sob a sombra de uma árvore amiga. O campo futebol e a pedra estavam do lado esquerdo da estrada, mas era sempre do lado direito que as emoções com contemplação, afloravam forte - será por quê? Antes da subida, uma casinha de taipá, onde a felicidade abrigava um casal de velhos bondosos, parada obrigatória para uma boa conversa e um bom café.
terça-feira, 1 de março de 2022
Invasão Russa na Ucrânia - Caio Fábio
Amor que não se finda
calmo, tranquilo, calado
em sonhos, eu te acho.
existem cercas e barreiras
que impedem de voltar, eu me calo.
sinto teu abraço, teu sorriso
e poucas palavras, eu me calo.
É amor que não se finda
numa viagem sem volta.
Saudades!