Menina Moleca - Lançamento Livro

Sou mãe, avó, fidelense, professora, poetisa, membro da Academia Fidelense de Letras, e agora escritora.

Sou parte vivente de uma exigente pandemia, a qual me levou a mergulhar na infância por um bom tempo, lugar confortável para mim e sem preocupações. Por lá, brinquei de teatro de sombra, contei histórias para meus netos, comprei livro infantil, fiz poesias, músicas, li livros de autores negros, cantei cantigas de rodas, me reinventei na arte a qual sou intensamente apaixonada. E a arte foi um recurso que muitas pessoas usaram para fugir ou burlar o difícil momento de pandemia. 

Com a inspiração andando solta, pois ninguém pode prendê-la em casa, a não ser no seu próprio ser, e assim mesmo por vagos espaços de tempo, lá fui eu, mandar fazer a ilustração de um poema que conta um pouco da infância, para brincar de contar histórias com os netos. O ilustrador é Henrique Dias, morador das terras mineiras. Com a ilustração em mãos, vendo os traços do desenho no estilo que gosto, me animei copiosamente em transformar todo aquele material num livro infantil. Porque não? Meu processo de escrita é bem simples, espero a inspiração chegar, chegando é alegria e inquietação. 

Com a criatividade em alta e os sentimentos em polvorosa, procurei na “internet” uma editora que enchesse os meus olhos, e achei. No primeiro ano, só mantive o contato com a editora, mas, não saiu nada, a pandemia só apertava o nó. No ano seguinte, 2021, a editora continuou fazendo contato, mas, com um diferencial a mais na publicação do livro, que seria o lançamento na Bienal do Livro do Rio. Achei proveitoso, foi um chamarisco! E assim, com a ilustração já pronta, fui organizando e preparando tudo virtualmente com a editora por vários meses, até chegar o tão sonhado dia, do lançamento do meu primeiro Livro Infantil "Menina Moleca". Assim, estava eu lá, no olho do furacão das palavras, lançando o meu livro na XX Bienal Internacional do Livro Rio no estande da Editora Autografia, maior evento de cultura e literatura do país. Foi um momento feliz de ver um sonho materializado! 

O livro conta a história de uma menina com uma infância muito feliz, divertida e cheia de brincadeiras pelo quintal da vovó, pela vizinhança com a garotada, nas calçadas, nas cirandas de rua. Tempo de inocência e muita diversão. E contém uma linda cantiga de roda. Vamos brincar? Vamos ler?

Com a frase exposta na Bienal, do líder indígena, ambientalista, poeta, escritor Aílton Krenak,"Para adiar o fim do mundo é preciso continuar contando histórias" me senti motivada a continuar escrevendo. Que esse livro seja o primeiro de muitos! E obrigada a todos pelas mensagens de carinho e incentivo nas redes sociais.

Então, é isso! Bjos.

Berenice Seixas 06/12/2021

Agradeço o amor e a gentileza de:

* Mariana, querida filha, por me instigar a tomar atitudes precisas usando palavras como: faz, tá ótimo, isso, compra, já passou, que bom, e por aí vai. Penso que ficou orgulhosa! 

* Martinha, amada irmã, pelo incentivo do sonho, em dizer que vai dar tudo certo, mesmo que o salto seja alto de início. Foi pura animação, lembrando do seu tempo de professora!

* Cibele, irmã amada, pelo ânimo e os cuidados para que tudo aconteça o melhor possível. Fotografou tudo, com muita alegria!

* Liginha, querida prima, pela alegria de compartilhar comigo esse sonho, e por fazer parte daquela infância feliz pelos quintais, ruas, vizinhanças, que resultou nessa história que escrevo aqui. 

* Simone e Carolina, queridas sobrinhas, pelo esforço e a alegria de estarmos  juntinhas na Bienal, onde presenciei o aflorar de uma sobrinha também professora, trazendo alunos de uma escola, onde culminou no fechamento do lançamento do livro. 

* Reinaldo, motorista táxi, que nos conduziu tão calmamente ao grande dia do lançamento do livro.

* Dos filhos, netos, genro e nora que ficaram na torcida! 

* Dos amigos que a infância me proporcionou e que habitaram na minha inspiração. 

"Dá gosto dividir a realidade com quem entende a nossa loucura." (Carpinejar)

Obrigada Deus por tudo, pois sem ti nada sou, sem ti nada posso fazer.