quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dia Nacional do Samba

Quinta-feira, 02 dezembro
Dia Nacional do Samba, nada melhor como Noel Rosa para lembrar desse dia, ainda mais,com o Centenário comemorado este ano.
Se vivo fosse Noel Rosa este ano faria 100 anos.Noel Rosa nasceu no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro.Sua mãe teve um parto difícil e o médico precisou usar fórceps, o que teria causado seu problema no queixo.Cresceu franzino e doentio. Na adolescência interessou-se pela vida boêmia, gostava de frequentar rodas de samba.Entrou para a Faculdade Nacional de Medicina em 1030, mas abandonou 2 anos depois.Seu grnde sucesso, em 1931 foi " Com que Roupa", música que levou Noel Rosa à fama.Em 1934 o poeta apaixonou-se por Ceci, que conheceu na festa junina. No fim desse ano, acabou casando-se com Lindaura. Doente de tuberculose, Noel Rosa, passou um tempo em Belo Horizonte, em busca de tratamento, voltando depois ao Rio de Janeiro.Continuou levando a vida nos bares, bebendo e fumando.Suas grandes paixões; a poesia,as mulheres de boemia e os automóveis.Poeta da Vila e Filósofo do Samba fora alguns dos nomes pelos quais ficou conhecido.Noel Rosa tinha apenas 26 anos quando faleceu em sua casa, em Vila Isabel.

Último desejo

Nosso amor que eu não esqueço
E que teve o seu começo
Numa festa de São João
Morre hoje sem foguete,
Sem retrato e sem bilhete,
Sem luar, sem violão.
Perto de você me calo,
Tudo penso e nada falo
Tenho medo de chorar.
Nunca mais quero o seu beijo,
Mas meu último desejo
Você não pode negar.
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não,
Diga que você me adora,
Que você lamenta e chora
A nossa separação.
Às pessoas que eu detesto,
Diga sempre que eu não presto
Que meu lar é o botequim,
Que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida
Que você pagou pra mim.

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Feitio de oração

Quem acha vive se perdendo
Por isso agora eu vou me defendendo
Da dor tão cruel desta saudade
Que, por infelicidade
Meu pobre peito invade

Batuque é um privilégio
Ninguém aprende samba no colégio
Sambar é chorar de alegria
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia

Por isso agora
Lá na Penha vou mandar
Minha morena pra cantar
Com satisfação
Esta triste melodia
Que é meu samba
Em feitio de oração

O samba na realidade
Não vem do morro nem lá da cidade
E quem suportar uma paixão
Sentirá que o samba então
Nasce no coração.

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