terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Saudade-preguiça

 

Berenice Seixas

Deitada num assoalho de madeira de uma pequenina casa, depois de saborear aquela comida deliciosa, feita num fogão à lenha, a menina-preguiça era feliz. Os raios de sol batia forte sobre uma bacia de roupa ensaboada na soleira da porta da sala. As mãos da cunhada deslizava com carinho na lavagem, entre as espumas coloridas das pequeninas roupas de crianças-felizes. O sol de depois de meio-dia, causava moleza na menina-preguiça e ajudava a clarear e esterelizar as roupas das crianças. Um céu azul de nuvens brancas e claras refletia no alumínio da bacia, emoldurando um quadro gracioso e bucólico. Um canto-preguiça de um pássaro vindo entre as belezas das serras, era a melodia mais bela de ninar. Mas, existia algo que adormecia rapidamente a menina-preguiça, o zumbido de uma mosca-preguiça! E hoje, essa saudade-preguiça veio me visitar.

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