SÃO FIDÉLIS
CANTIGA PARA TRÊS TEMPOS
Chuva amarela na Gamboa
- OITIS -
Na avenida, chuva doce:
- SAPOTIS -
Tapetes coloridos nas manhãs
Sob os pés de flamboiãs.
LUCAS e CAMBIASCA
- Freis pioneiros -
no silêncio do bronze
FIDÉLIS
- Santo Padroeiro -
na inércia da massa unicolor.
1840 .....1870 .......1970 ........
Vila ..... Cidade ... Saudade...
Maria
Cheia de graça
que passa.
na praça:
- cadência de passos
no espaço.
Dilma ..... Dilce...... Dilza.....
Diva....... Dolores ...... dores:
Verso pobre,
canto roucos.
Tudo é nada,
muito é pouco.
O que eu digo,
o que eu sinto
no canto pobre
no verso rouco
para dizer donde vens
para dizer o que tens,
é muito pouco,
é muito pouco.
Cajá, café, caju,
Casa, cachaça, .....Cacilda.
No leito,
o rio,
o estio,
dorme
ouvindo cantigas
de lendas antigas.
Lampião sem gás,
coreto sem "Jazz",
porto
morto.
Hinos, sinos, Banda.
Bogos, jogos, fogos.
A araponga gonga,
Fere fogo na forja
e aguça o agudo gume
perfuro - cortante,
do comerciante
especialista
- e até tratadista
em robalo.
Cores, flores,
gente, cachorro quente.
Vila!
Cidade!
Saudade.
(Pedro Emílio de A. Siva)
Nenhum comentário:
Postar um comentário