A Flip 2013 já tem data e autor homenageado. Novamente
com curadoria do jornalista Miguel Conde, a 11ª edição da Festa
Literária Internacional de Paraty será realizada entre os dias 3 e 7 de
julho de 2013 e celebrará a obra de Graciliano Ramos.
No dia 27 de outubro completou 120 anos do nascimento do autor,
natural de Quebrangulo, Alagoas. Escritor, jornalista e político,
Graciliano Ramos teve uma vida em que a literatura e a política se
entrelaçaram e, não raro, as convicções e atividades políticas
inspiraram suas obras de forte conteúdo social.
Memórias do Cárcere
revela sua amarga experiência no período em que esteve preso durante a
ditadura de Getúlio Vargas, em 1935, acusado de subversão. Vidas Secas,
um de seus mais celebrados trabalhos, retrata, por meio de um relato
indignado, as agruras dos retirantes nordestinos castigados e humilhados
pela seca.
Os escritores homenageados nas edições anteriores da
Flip foram Vinicius de Moraes (2003), Guimarães Rosa (2004), Clarice
Lispector (2005), Jorge Amado (2006), Nelson Rodrigues (2007), Machado
de Assis (2008), Manuel Bandeira (2009), Gilberto Freyre (2010), Oswald
de Andrade (2011) e Carlos Drummond de Andrade (2012).
BIOGRAFIA
27-10-1892, Quebrangulo (AL)
20-3-1953, Rio de Janeiro (RJ)
20-3-1953, Rio de Janeiro (RJ)
Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo (AL), em 1892. Um dos 15 filhos
de uma família de classe média do sertão nordestino, passou parte da
infância em Buíque (PE) e outra em Viçosa (AL). Fez estudos secundários
em Maceió, mas não cursou faculdade. Em 1910, sua família se estabelece
em Palmeira dos Índios (AL).
Em 1914, após breve estada no Rio de Janeiro, trabalhando como revisor,
retorna à cidade natal, depois da morte de três irmãos, vitimados pela
peste bubônica. Passa a fazer jornalismo e política em Palmeira dos
Índios, chegando a ser prefeito da cidade (1928-30).
Em 1925, começa a escrever seu primeiro romance, Caetés - que viria a
ser publicado em 1933. Muda-se para Maceió em 1930, e dirige a Imprensa e
Instrução do Estado. Logo viriam "São Bernardo" (1934) e "Angústia" (1936, ano em que foi preso pelo regime Vargas, sob a acusação de subversão).
Memórias do Cárcere (1953) é um contundente relato da experiência na
prisão. Após ser solto, em 1937, Graciliano transfere-se para o Rio de
Janeiro, onde continua a publicar não só romances, mas contos e livros
infantis. Vidas Secas é de 1938.
(fonte:net)
(fonte:net)
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