Quinta-feira, 03 de dezembro.
O lançamento do livro da poetisa e membro da Academia Fidelense de Letras (AFL),
Leny Lima, no salão do Colégio Estadual de São Fidélis, foi um acontecimento literário admirável, e de rara singeleza.Para adquirir o livro, bastava "doar" 3kg de alimentos não perecíveis. Atitude louvável de um "ser humano" de rara grandeza e valor. Os alimentos foram doados para APAE, Lar dos Velhos e Pestallozi.
A Leny, parabéns pelo sonho realizado. Quem prestigiou e colaborou, só ganhou.
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor
Abre os teus braços e canta (...)
A esperança divina
De amar em paz
Se todos fossem
Iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar, a sorrir, a cantar,a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, sem sofrer
Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você
Estou falando de Leny de Souza Lima, ou simplesmente da minha querida e amiga Leny. Boa noite, senhora e senhores! Fui encarregada pelos seus companheiros e confrades da Academia Fidelense de Letrtas da nobre missão de fazer a apresentação do seu livro "Barco da Vida" na noite de hoje, atribuição que muito me honrou, uma vez que falar de você e de sua poesia é uma grande satisfação para mim. Isso porque me sinto à vontade para fazê-lo movida pelo, respeito e admiração que tenho por você e também pela amizade e a estreita ligação de praticamente de irmãs que nos une e acompanha há anos, pois você, é essa pessoa generosa e desprendida que, por tantas vezes, me deu -assim como a todos com quem convive e conviveu - o privilégio de ser acolhida na carona solidária e fraterna do barco dos seus versos e da sua vida. Você, que nunca tem se furtado a carregar em seu barco e apoiar a quem necessita, sempre ibuída desse espírito magnânimo que a move.
Por outro lado, falar de todos esses sentimentos e qualidades que povoam a alma desse ser humano extraordinário, dessa "maẽzona" que é você para todos nós torna-se muito dicícil, porque as palavras ficam pequenas e inúteis diante de sentimentos e emoções tão edificantes e grandiosas.
Foi por isso, Leny, que iniciei este momento de hoje com um poema de Vinícius de Moraes, já que sabemos que são, somente os poetas, assim como você, que têm o dom da escrita e da oratória é que estão investindos da missão de traduzir em palavras o intraduzível dos sentimentos.
Leny, como diz o poeta,
" A tua vida é uma linda canção de amor"
escrita através da diversidade de papéis: desde essa pessoa humana e dedicada à família e aos amigos, e essa mulher fidelense, também é a companheira de todos as horas, a intelectual, a dona de casa, a poetisa, a oradora combativa e vibrante, a profissional respeitada, a militante política ... Assim é você Leny, uma em tantas, uma infinidade: ou simplesmente essa menina humilde, nascida na zona rural, mas sempre guerreira, inteligente e esperta como ela só, tendo enfrentado na lavoura e, para financiar os estudos no internato do Colégio Batista em Campos, precisou trabalhar na limpeza da cozinha.
Doa pais, José Pereira de Lima,zeloso Pastor Batista, e Dona Marieta de Souza Lima, que adorava escrever peças teatrais para serem representadas na igreja, recebeu os princípios cristãos e o dom da literatura, as duas marcas registradas de sua personalidade: a compaixão e amor pelo próximo e gosto pelo belo e pela arte.
Logo após , se formou professora, e, nessa época, nossa guerreira e arrimo de sua família, teve que esperar para realizar o seu sonho dourado de cursar o ensino superior, mas, não se abateu por causa disso, foi em frente: cidadã atuante da comunidade, com aquele jeitão especial e inconfudível, sempre de bom humor, contando as suas histórias, continuou sempre ajudando os outros, até que concluiu o Bacharelado em Direito.
Hoje , São Fidélis se honra por sua trajetória coroada de uma imensa folha de serviços prestados ao nosso município, uma vez que a cidadã atuante e participativa Leny, essa fidelense ilustre, exemplo de honradez e abnegação e apaixonada pelo magistério sempre imprimiu nas funções que assumiu o seu estilo simples e humano, porém sempre aliado á sua objetividade, competência e comprometimento: assim procedeu na função de Professor, Diretora do Colégio Estadual de São Fidélis por 2 vezes, Chefe da Extinta LBA, Agente de Administração Escolar do Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretária Municipal de Promoção Social.
Assim é a
A tua vida , Leny,
é uma linda canção de amor ...
Essa canção que você nos oferece através do livro " Barco da Vida" - retrato de sua alma, revelada por meio de poemas e trovas, que abordam a beleza do universo feminino, seja em cenas do cotidiano, seja relatando as contradições do sentimento lírico-amoroso, filosofando sobre a condição humana, ou mesmo prestando homenagem à pessoa de sua estima e admiração.
Por isso, hoje estamos aqui, guerreira, amiga e poetisa, para embarcar com você, pois junto dos seus versos de amor à vida e ao próximo, iremos navegar ao encontro da esperança e de um mundo melhor !
São Fidélis,3 de dezembro de 2009
Ana Regina Soares Ribeiro
FARDO DA VIDA
Na longa caminhada da vida
muitas pedras no caminho encontrando,
fui acumulando um pesado fardo,
muitas quinquilharias só guardando.
Agora já quase vejo o fim da estrada
os pés calejados não aguentam mais andar,
é preciso deixar no fardo só o necessário,
e o grande peso que sempre suportei, aliviar.
Vou atirar para longe às mágoas do passado
a dor de ter sido esquecida e viver na solidão,
o desejo de no amor ter sido correspondida,
e a lança da traição que atingiu meu coração.
Em abismo profundo jogarei suas lembranças
peso morto que carregando só me fez chorar,
vou destruir meu passado de sonhos
fantasiado da ilusão de um grande amor encontrar.
No fardo da vida para chegar ao fim da jornada
me basta paz, fé, amor, esperança, e caridade,
seguir repartindo com o próximo, o pouco que me resta,
purificando minha alma para entrar na eternidade.
Tempo, me dá mais tempo,
do tempo perdido encontrar ...
pois muito tempo fui perdendo,
parada no tempo a chorar ...
(Leny Lima)
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