quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
Virada do Ano Novo!
Um esperançoso 2021, para todos!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Os 5+ de 2020 em São Fidélis
A cidadezinha e o mundo inteiro estão enfrentando um ano muito difícil com a pandemia da Covid 19. Os casos continuam muito preocupantes. Só Deus para nos proteger, e nos livrar desse mal. O inimigo é invisível. Tenho que achar alguma coisa boa neste ano de 2020 para registrar, vou dar trabalho aos meus neurônios, será como procurar agulha no palheiro. Então, vamos a listinha ... Nada sério hein!
1- Conclusão da pintura e iluminação da Ponte Metálica da Cidade Poema.
2- Grupo facebook - "Relembrando o Passado de São Fidélis"
3- Hotel São José recebeu Selo Turismo Consciente do Governo do RJ.
4-"O Mortiço", livro do escritor fidelense Antônio Júnior Persi.
5- As"Lives". E a Campanha política do candidato Dr. Sebastião 50.
até que não foi difícil de achar ...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
Saudades ...
A Perda do Pai
(Artur da Távola)
A perda do pai: quem sabe vivenciá-la? Como aceitar mortal e falível aquela pessoa grande, capaz de conseguir o universo, logo ele, o provedor, abridor de caminhos pelos quais começamos a passar medrosos?
A perda do pai é a retirada da rede protetora no momento do salto. E há que saltar. É o roubo feito no exato momento em que estávamos a descobrir o melhor do mundo.
A perda do pai é a entrada no lugar-comum, é começar a ser igual a todos os que sofrem, a ter os mesmos medos, as mesmas frases. É voltar a se emocionar com o que se desprezava: datas, pequenas lembranças, objetos, palavras e até com as manias dele que nos irritavam.
A perda do pai é o começo do balanço da própria vida, porque, enquanto vivia, era mais fácil nele descarregar alguns fracassos e culpas.
A perda do pai é o início da significação. As palavras começam a fazer um estranho e novo sentido.
A perda do pai começa a nos ensinar o valor do tempo: o que não fizemos, a visita deixada para depois, o gosto adiado, a advertência desdenhada, o convite abandonado sem resposta, o interesse desinteressado...tudo isso volta, massacrante, cobrando-nos o egoísmo. Nosso primeiro exame de consciência verdadeiro começa quando o pai morre. Nosso encontro com a morte inaugura-se com a dele. Nossa primeira noite sem proteção consciente, dá-se quando ele já não está. E nunca somos mais sós que na primeira noite em que já não o temos. O pai é o mistério enquanto vida e a revelação depois de morto. Num segundo, entendemos tudo o que, durante a vida, nele nos parecia uma gruta de mistérios. Seus objetos ganham vida, suas comidas preferidas passam a ter mais gosto, suas frases adquirem o sentido que só o tempo e a repetição outorgam às coisas.
A perda do pai dói muito! Isso é tudo. Para que querer saber por quê? O pai é o eu no outro. É dois em um, santíssima dualidade a proclamar o mistério e a glória de existir, dívida que com ele temos, sem nunca conseguir pagar, o que o faz por isso mesmo, sempre, muito melhor do que nós ...
domingo, 27 de dezembro de 2020
sábado, 26 de dezembro de 2020
Natal!!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
Ceia de Natal!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
É Natal !
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Meu Poema Bordado
domingo, 13 de dezembro de 2020
Parabéns, Mariana!
Hoje o domingo amanheceu lindo. A natureza está em festa! O céu está mais azul, o sol está brilhando mais, tem verde por todos os lados aqui no sítio, os passarinhos estão cantando mais, as árvores balançam na companhia do vento, os animais passeiam pelo campo, a família se alegra, os filhos brincam, tudo se manifesta a favor dessa pessoa iluminada que é você. Até umas estrelinhas brilham de alegria na imensidão do céu. Seja feliz, minha filha! E infinitas bênçãos pra você. Te amamos!.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
A Jornada de um escravo fugitivo - livro
"Se alguma coisa na minha experiência, mais do que as outras, serviu para aprofundar minha convicção do caráter infernal da escravidão e para me encher de ódio indescritível pelos senhores de escravos, foi a ingratidão que tiveram para com a minha pobre e velha avó. Ela servira fielmente ao meu antigo senhor desde a juventude até a velhice. Tinha sido a fonte de toda a sua riqueza; povoara sua plantação com escravos e se tornara bisavó a seu serviço. Ela o tinha ninado quando bebê, o assistira na infância, o servira durante toda a vida e, na morte lhe fechou os olhos para sempre. No entanto, permaneceu escrava - uma escrava vitalícia - uma escrava nas mãos de estranhos. E, nas mãos deles, viu seus filhos, netos e bisnetos divididos, como um rebanho de ovelhas, sem serem gratificados com o pequeno privilégio de uma única palavra quanto ao seu próprio destino. E, para completar o clímax da ingratidão e da barbárie diabólica, minha avó, agora muito velha, tendo sobrevivido a meu antigo senhor e a todos os seus filhos, tendo visto o começo e o fim de todos eles, e seus atuais donos descobrindo que ela era de pouco valor, que seu corpo já era atormentado pelas dores da velhice e o desamparo completo rapidamente lhe roubava os membros outrora ativos, eles a levaram para a floresta, construíram uma pequena cabana, colocaram uma chaminé de barro e então a apresentaram ao privilégio de se sustentar ali em perfeita solidão; portanto, deixando-a para morrer! Se minha pobre e velha avó agora vive, vive sofrendo em total solidão; vive para lembrar e lamentar a perda de filhos, netos e bisnetos. Eles estão, na linguagem do poeta dos escravos, Whittier:
"Desaparecidos, desaparecidos, vendidos e desaparecidos
No pântano de arroz solitário e úmido,
Onde o chicote incessantemente oscila,
Onde o inseto barulhento sibila,
Onde o demônio da febre espalha
Veneno com o orvalho que se empilha,
Onde brilham os raios do sol doente
Através do ar enevoado e quente:
Desaparecidos, desaparecidos, vendidos e desaparecidos
No pântano de arroz solitário e úmido,
Da Virgínia, colinas e águas,
Ai de mim, minhas filhas roubadas!"
O lar está desolado. As crianças, as crianças inconscientes, que antes cantavam e dançavam em sua presença, se foram. Ela procura, na escuridão da idade, um gole de água. Em vez das vozes de seus filhos, ouve de dia os gemidos da pomba e de noite os gritos da hedionda coruja. Tudo é sombrio. O túmulo está à porta. E agora, quando sobrecarregada pelas dores e aflições da velhice, quando a cabeça se inclina em direção aos pés, quando o início e o fim da existência humana se encontram, e a infância indefesa e a dolorosa velhice se combinam - neste momento, neste mais necessário momento, o tempo para o exercício dessa ternura e afeição que as crianças só podem exercitar em relação a um pai ou mãe decadente -, minha pobre avó idosa, mãe dedicada de doze filhos, fica sozinha naquela cabana, diante de algumas brasas escuras. Ela se levanta, senta-se, cambaleia, cai, geme, morre - e não há nenhum filho ou neto presente para limpar da testa enrugada o suor frio da morte ou para cobrir de terra os restos caídos."
(Trecho do livro "A jornada de um escravo fugitivo" - De Frederick Douglass)
Dorme ruazinha ... É tudo escuro!
DORME RUAZINHA ... É TUDO ESCURO!
Mario Quintana
Dorme ruazinha ... É tudo escuro ...
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos ...
Dorme ... Não há ladrões, eu te asseguro ...
Nem guardas para acaso persegui-los ...
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos ...
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão ...
Dorme, ruazinha ... Não há nada ...
Só os meus passos ... Mas tão leves são,
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração ...