Hoje, não tem como deixar de lembrar ... o que foi, o que continua sendo, o que poderia ainda ser. A sua falta faz tudo ficar muito triste. Acabou a rotina, as coisas repetitivas tão certeiras, o barulho das passadas chegando em casa, o acelerar da moto, a saída a chegada, tudo ficou lá atrás, num passado pouco distante, sem volta! A presença forte, o carinho, o amor, tudo faz falta! Foram muitos anos juntos, apegados, gamados - como diziam as amigas da juventude. Agora só me resta apreender novas maneiras de viver juntos daqueles que são frutos do nosso amor. Existe o amor.
Hoje também estamos atravessando um tempo sombrio, de isolamento, de insegurança, nunca pensei passar por isso. É uma força estranha - é o que sinto, pairando no ar, fazendo ou querendo controlar os povos de todas as nações. Vivo um enfrentamento estranho, uma pandemia viral - como seria mais fácil com você por perto! Mas prossigo, confiante na certeza que somos guiados, regidos e protegidos por Deus. Nosso filho na sua profissão nos enche de orgulho e coragem com sua vocação de cuidar de vidas, de forma respeitosa dentro do conhecimento científico vem enfrentando a pandemia. O mundo está em alerta! O céu está pesado! O silêncio da terra é assustador. Mas vamos vencer! E depois que tudo isso passar não seremos mais os mesmos. Resta a fé.
Um poema pra meditar ...
CURAR
Kathleen O Meara (1839-1888)
E as pessoas ficaram em casa
E leram livros e ouviram
E descansaram e se exercitaram
E fizeram arte e brincaram
E aprenderam novas maneiras de ser
E pararam
E ouviram fundo
Alguém meditou
Alguém orou
Alguém dançou
Alguém conheceu sua sombra
E as pessoas começaram a pensar de forma diferente
E pessoas se curaram
E na ausência de pessoas que viviam de maneiras ignorantes,
Perigosas, sem sentido e sem coração,
Até a Terra começou a se curar
E quando o perigo terminou
E as pessoas se encontraram
Lamentaram pelas pessoas mortas
E fizeram novas escolhas
E sonharam com novas visões
E criaram novos modos de vida
E curaram a Terra completamente.
E PENSAR QUE ESSE POEMA FOI ESCRITO EM 1869